sábado, 25 de agosto de 2012
Mahatma Gandhi / 1ºA Erem- G.P
Maohandas Karamchand Ghandi ou, como ficou conhecido, Mahatma Gandhi,
foi acima de tudo um ativista da não-violência. Formado em direito, foi
um político e líder no movimento de independência da Índia, que era
governada pelos ingleses. Nasceu em uma cidade do litoral ocidental,
chamada Porbandar, no dia 2 de outubro de 1869. Seu pai era funcionário
público, cargo herdado pela família por gerações. Ainda criança casou-se
com Kasturba, com quem teve 4 filhos homens.
Prestes a completar 19 anos, em 4 de setembro de 1888, Ghandi parte
para a Inglaterra, com o objetivo de estudar Direito. Em 1891,
recém-formado retorna à Índia. Sem muitas opções de trabalho na Índia,
em abril de 1893, Ghandi parte para a África do Sul, para trabalhar como
advogado em uma firma comercial indiana, que desenvolvia atividades
naquele país. Foi na África do Sul que ele começou a lutar pelo direitos
dos hindus , e a atuar como pacifista.
Retorna à Índia em 19 de janeiro de 1915 (aos 45 anos), sendo que em
seu desembarque em Bombaim foi recebido como um herói, por suas lutas em
favor dos indianos na áfrica do Sul. Ficava cada vez mais conhecido por
suas luta pelos direito do povo, sobretudo dos camponeses e operários
mais pobres.
Em 1922, enfrenta pela primeira vez o governo britânico, ao organizar
um greve geral. Sua estratégia era a não colaboração com o governo
britânico sem violência e de forma pacífica. Em março desse ano foi
preso, acusado de rebelião contra o governo, e condenado a 6 anos de
prisão. Após 2 anos, em 1924, Ghandi foi solto, pois sofria de apendicite aguda , e precisava passar por uma cirurgia.
Aos 60 anos, em 1929, Ghandi retoma sua luta pela libertação da
índia. Nesse ano percorreu toda a Índia. Em 1931 Ghandi vai à Londres,
para pedir aos ingleses que concedam a independência a Índia. Foi sua
última visita à Inglaterra. Em 1932, novamente na Índia, volta a ser
preso, sendo que, nessa época, mais de 32 mil pessoas foram condenadas
por crimes políticos. Ghandi só foi solto em maio de 1933, isso porque
temiam por sua vida, já que ele insistia em fazer jejum por longos
períodos.
Em 8 agosto de 1942, o Congresso Indiano aprovou a resolução “Saiam
da Índia”, dirigido somente ao governo britânico, pois as forças armadas
britânicas poderiam permanecer. No dia seguinte, Ghandi voltou a ser
preso, assim como outros membros do Congresso. A situação então saiu do
seu controle, e a violência passou a imperar. Sua esposa, Kasturba
(chamada por ele de Ba = Mãe) ficou junto a Ghandi na prisão. Em 22 de
janeiro de 1944, Kasturba morreu por complicações cardíacas e bronquite.
Foi uma grande perda para Ghandi. Em 6 de maio Ghandi é libertado,
graças a pressões públicas e às advertências dos médicos (estava com
ascilostomose, malária e disenteria amebiana). Essa foi a última
passagem de Ghandi pela prisão.
Em 1947, era grande a hostilidade entre os hindus e os muçulmanos.
Uma Guerra Civil se estabeleceu, pois a violência vinha de ambas as
partes. Enquanto isso Ghandi pregava a não-violência em suas incansáveis
peregrinações. Para ele, a Índia deveria ser unificada.
Em 15 de agosto de 1947, foi oficialmente proclamada a independência
no território indiano, já estabelecendo a divisão entre Índia (hindus) e
Paquistão (muçulmanos). Nesse dia, Ghandi estava em Calcutá, pois
continuava viajando e pregando a paz. Embora a princípio hindus e
muçulmanos tenham festejado a independência de braços dados, a paz não
durou muito. Isso porque iniciou-se a maior migração cruzada da
história. Aproximadamente 12 milhões de pessoas fugiam: os Muçulmanos
que estavam na Índia fugiam para o Paquistão e os hindus que estavam no
Paquistão fugiam para a Índia. Em um ano e meio morreram 500 mil
pessoas.
Em 1948 retornou a Delhi. Também lá assustou-se com as atrocidades
cometidas, pois grupos de hindus expulsavam de forma violenta os
muçulmanos que ainda restavam. Em cada surto de violência, Ghandi
realizava outro jejum, em favor da união entre as comunidades.
Interrompia o jejum quando o surto de violência passava. Os hindus
temiam causar a morte de Ghandi, e os muçulmanos temiam as represálias,
caso Ghandi morresse durante um desses jejuns.
No dia 30 de janeiro de 1948, após o termino de um jejum que havia
durado 5 dias, Ghandi foi assassinado com três tiros pelo hindu Nathuram
Vinayak Godse, no jardim de sua casa, onde estava sendo realizada uma
grande reunião de orações. Godse matou Ghandi por que era contra a
tolerância religiosa pregada por ele, o que teria causado a criação do
Paquistão, contra a qual era contra.
O cortejo fúnebre, realizado no dia seguinte, durou 5 horas, em uma
procissão acompanhada por milhões até o rio Yamuna, onde seu corpo foi
colocado em uma jangada e incinerado, conforme a tradição hindu.
Assinar:
Postagens (Atom)